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A visualização do filme "Akira Kurosawa Dreams", que ainda vai a meio, deixou-me crente na força do cinema para nos trazer ainda assim de volta ao "nosso pequeno mundo". Os pessegueiros em flor de um dos sonhos lembraram-me os meus e os borbotos que estão a rebentar a serem fustigados pelo granizo. Temo pelas árvores como se fosse comigo. Claro que são diferentes, mas se as pudesse abrigar de noite da geada e das intempéries, falo-ia. 
São desvarios. As árvores estão bem onde estão. Não são seres "sencientes". No entanto o menino do filme é questionado muito seriamente, por uma corte muito bem vestida e colorida (figuras do folclore tradicional Japonês, presumo), sobre o que sentiu quando cortaram um determinado pessegueiro em sua casa. 

E de repente senti-me identificado com o filme e com o seu autor. Os devaneios nos quadros de Van Gog são belos. Aliás é essa beleza visual que nos inunda de cores e de espectáculos trágicos e contemporâneos (o monte Fujimori vermelho por detonação de todas as centrais nucleares).  

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