Nesta meia noite sem bruxas, até porque não gostam muito de rock 'n roll, a não ser para aí de Ozzy Osbourne ou de trash metal, desenrolo de novo o tapete, o tapete voador que sobrevoa com o luar, o sossego da região e tenta, debalde, ouvir, como os anjos de Berlim, os pensamentos das outras pessoas.
Todos esses pensamentos, de qualquer qualidade, cujo eco nos seres celestiais não era avaliado segundo critérios humanos, mas numa bondade intrínseca daqueles seres. E a sua imensa e longa no fundo do tempo, solidão, deixa-me emocionado (eles estavam ali desde a criação).
Mas não, sem esse dom, que faria certamente mal a um humano que o possua, não passo dum adivinhador. Dum efabulador.
Mas cirando circunspecto e sem alarido, por aqui e por ali, tentando captar sinais vitais neste oceano revolto de emoções que me roçam no quotidiano. Algumas violentas.