Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Os troncos (apenas akguns, os outros são queimados sem piedade) e as pedras dão-se cá em casa. As plantas só o bambu sobrevive. E eu que tanto gostava de ter uma floresta luxuriante cá em casa, ou ter uma estufa como os Ingleses (pelo menos imagino os Ingleses gostarem de estufas).


Em vez de dormir sestas num cantinho do tanque, sob as folhas dos kiwis, com uma espreguiçadeira de paletes, fico debaixo do pessegueiro sem pessegos a dar cabo das mãos. Cinzeiros e luminárias ocuparam alguma parte das ferias. No intervalo dos deveres. Porque há sempre a necessidade de fazer algo útil em contrapartida pelo tempo de estar a ter o gosto de me evadir. 

Moldo-me aos materiais que tenho cá e que vou recolhendo. A liberdade da vontade e a necessidade. Cato objectos metálicos e em madeira para os recombinar, os transformar.

Os troncos ensinam-me que o caminho do bicho da madeira faz sulcos naturais onde um pintor sem pincéis nem mão firme para a pintura mistura cores. Gasto as tintas que tenho por cá antes de secarem.

Ao que não consegui, depois de estar feito, deitar fora, deu uma foto que podia bem ser uma "instalação", ou fazer parte de uma.



Autoria e outros dados (tags, etc)