Cada vez menos penso que sou proprietário de algo.
Ser proprietário do que quer que seja, hoje em dia tem tributação.
No meu caso, vejo-me mais como um tipo, que para além de pagar ao banco para viver no que é dele, ainda tem o dever/prazer, de ter que tomar conta do estaminé.
Ninguém ma mandou ir ao banco. Fui porque quis, porque sempre quis viver por aqui e fazer as coisas que as pessoa que tem quintal fazem. Agricultam, tratam das árvores (nem de todas, a alfarrobeira e outras pouco trabalho dão...).
E agora que as folhas caíram todas, é preciso varre-las todas para montes para adubar a terra, aquelas que estão em áreas de passagem ou de cimento. E tirá-las todas dos cantos e recantos molhadas é cá um pincel. É cá uma mangueirada.
E não está o tempo bom, se estivesse outras coisas haveria para fazer. É por isso que lhe chamo o meu pequeno mundo. Dá-me que fazer. Férias são sempre a fazer por aqui arrumações e limpezas, para além de invenções.
Como é que posso achar que nestas condições podia por aí andar a passear, mesmo que tivesse dinheiro para ir a todos o sítios onde gostaria de ir...
e com este tempo...