Apesar do aeroporto desimpedido, há sempre um cano entupido que mantém a aeronave em terra. Ou um concurso, desses em que se pode cantar ópera enquanto se responde a questões culturais. Deve ser por isso que se fica aqui pousado, em terra. Sole mio. Holofotes e públicos.
A noite está boa para voar, a rede está deserta, a rua está deserta. Porque há concursos? Certamente que não é por canos entupidos. Toda a construção que se fez ao longo de estradas principais, a rua que repete tal toponímia em todas as localidades. Com a variante da Rua Principal. Localidades a crescerem em função das estradas, que funcionam em consonância com automóveis.
As aldeias antigas eram menos extensas. Por não haver automóveis as pessoas e os seus abrigos concentravam-se mais. Em redor de transportes públicos, de outros interesses vitais. Hoje assisto nas deambulações, a uma disposição muito mais disseminada das habitações (mansões).
Por isso não passam pessoas na rua, apesar dos passeios arruinados pelos pesados, dos jardins infantis modernos e dos poli-desportivos não usados, apesar de terem do mais moderno equipamento em tudo. Nesta estrada principal onde já passam muitos menos automóveis, estradas e intersecções desniveladas, rasgam as redondezas.
Há sinais exteriores de progresso, faltam pessoas para o poder desfrutar. Cada vez menos pessoas, ou nenhumas.