O açúcar é um dos engodos modernos, uma daquelas substâncias que o homem descobriu, cujo prazer mortífero pode ser comprovado. Uma daquelas coisas que não constavam da lista do homem que saia para caçar para sobreviver. O açúcar percorre o corpo, devastando-o, corroendo os dentes, deixando despojos do seu prazer na silhueta. Percorre também o rasto de todos os que aproveitam dele de outro modo. Da riqueza que alguns embolsam. «Não tive a culpa de ser assim guloso, não me ensinaram nada de relevante sobre o açúcar, deram-me doces...» - pensou.