e neste fim de noite, a noite das noites, a 6ª feira. Eu que não acredito na divisão artificial do tempo e que o tenho em conta como sendo uma das coisas mais valiosas que tenho.
E tento fruí-lo o melhor que posso. Hoje sinto-me literalmente agarrado ao teclado, até o fogo está quase meio apagado, uma música maviosa cantada por uma senhora, umas guitarras e não se vê o fogo e parece que isto é outra versão daquele conto do Sam Sheppard em que o tractorista fica preso num tractor no meio da imensidão do milheiral e é agarrado por uma núvem garra.
E dou sonoros espirros e troco de posição as pernas (todas elas perniciosas) e tenho um copo de vidro de com resto de chá de hortelã pimenta. Fresca. Apanhada e posta na água quente. Dizem que faz bem a constipações. Quem me manda a mim andar descalço a absorver toda aquela humidade.
Comida o reforço (não em forma de ração de combate), nas anteparas deste submarino, com o periscópio recolhido, perco-me em livros e músicas e os bonecos/bombeiros tombados à espera de se perfilarem...
E aqui me refugio a pensar na felicidade dos outros, por vezes. Tenho a veleidade de pensar que posso, com um boneco, fazer mais do que que fazem Damiel e Cassiel ...
Algo na minha mente céptica que me quer fazer acreditar que eles andam por aí, e já agora que não levam a sérios os "maus pensamentos", aqueles que se torna necessário falar deles em voz alta para expor toda a sua falta de senso.