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retorço o dicionário, à procura de palavras novas, de agradecimentos. As interrogações sobre este local estranho e inóspito onde acordei sem ti. À deriva, os movimentos dos dedos incertos, os dedos a descontrolarem os movimentos do rato, o corrector a chamar-me a atenção.

 

impossível decidir desde que fiquei na tua órbita: O sol à volta de quem descrevo movimentos de translação, cada vez mais afastados, até a mecânica das emoções se acalmar, os electrões estabilizarem, nesse estado indeterminado de não ser visto.

 

não era aqui que queria estar. Não era aqui neste rolo que devia permanecer, a lavar a roupa sem decoro. O que me vale invocar a extensão da minha inocência? Derramar ingenuidade e  desconhecimento das leis certas da atracção.


não tenho mais nenhuma estrela onde me aquecer. Tenho as vontades dum planeta crivado de vulcões, recém nascido, em transformação. Tenho enfrentado as atmosferas hostis com toda a precaução.

está tudo bem. É uma manhã de um dia qualquer. Coração selvagem e esfomeado que toma galope, numa órbita desviada, extinta a janela do tempo em que as elipses se encontraram e atraíram no espaço livre e sideral. 

 

[A mecânica podia prever isto, se conhecesse as partículas e os seus movimentos?]


não sei da da chave do teu sorriso.

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