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Tenho horas em que me apetece fazer uma revolução. Nada de muito definido, um boa pândega resolvia a ânsia.

Como tenho outras em que me apetece saltar, duvido imenso destes propósitos.

De resto este apetite resulta da euforia de saber que o  Tempo está por minha conta.

É difícil de explicar. É uma sensação como aquela das cinco horas...

Depois volto à vidinha, quando compreendo que está tudo na mesma. Não aconteceu nada de especial. A camioneta da venda de mercearias está estacionada, como habitualmente, no local habitual.

Não se passa nada. Isto deve ser proveniente dos filmes, em que em cinco minutos "vivemos" horas limite. Estarei a confundir a vida com os filmes?

Como já é hábito. Se os filmes tratam da(s) vida(s)?
Quantas acções terei cometido inspirado pelos filmes.

Quero lá saber que os anjos de Berlim não sejam reais. Aqueles anjos solitários do filme preocupavam-se com as pessoas, com cada pessoa individualmente.

Não eram números. E viviam a sua vida eterna angustiados com os temores dos humanos.

Eu não sou nenhum anjo. Não tenho sequer os super-poderes que eles têm.

Eu, ao contrário deles, posso fazer algo pelo meu irmão. Tenho esse poder de intervir nos indivíduos com quem me cruzo na vida. 

Desconheço os temores dos demais.


Sou assim mais poderoso do que aqueles anjos:

Eu posso intervir.

As pedras que me falam, quase que falam.

E o que escrevo aqui, humilde púlpito, tem esse desejo de conseguir que as pessoas se possam libertar dos seus temores. Basta ter coragem de os enfrentar (não estou a falar de fobias, agora).

Creio que no futuro, se conseguir rearranjar o meu tempo, ainda poderei fazer mais pelos outros.

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